
O Problema dos Produtos “Pariforme” nas Seguradoras
Nos últimos anos, assistimos a uma tendência crescente no setor segurador: a padronização excessiva dos produtos. A análise estatística da sinistralidade, os modelos de pricing, a definição de franquias e a estrutura das coberturas resultam, cada vez mais, em soluções praticamente idênticas entre seguradoras.
Este fenómeno, que podemos apelidar de produtos pariforme, levanta sérios desafios não só para os consumidores, mas também para os próprios mediadores e companhias.
A utilização de bases de dados cada vez mais robustas e de modelos atuariais semelhantes levou a que as seguradoras convergissem para ofertas semelhantes ao nível de preço e coberturas. Simultaneamente, os processos de contacto com os clientes e sinistrados – call centers, apps, portais digitais – seguem lógicas iguais, reduzindo ainda mais os elementos de diferenciação.
Ou seja, ao comparar um seguro automóvel, multirriscos habitação ou mesmo saúde, o cliente depara-se frequentemente com propostas quase iguais.
À primeira vista, a uniformização poderia parecer positiva: maior previsibilidade, preços controlados, uma base comum de proteção. Mas, na prática, este cenário traz vários problemas:
- Perda de valor real para o cliente: se todas as ofertas são semelhantes, a escolha passa a ser feita apenas pelo preço, e não pela qualidade do serviço.
- Dificuldade em encontrar soluções adequadas: necessidades específicas ficam muitas vezes sem resposta, porque o produto foi desenhado para “a média estatística”.
- Experiência indiferenciada: do ponto de vista do cliente, o atendimento, a gestão de sinistros e a relação com a seguradora acabam por ser quase indistintos.
Exemplos de “pariformização”
Automóvel: coberturas de responsabilidade civil e danos próprios praticamente iguais, com diferenças mínimas nas exclusões ou franquias.
Multirriscos Habitação: pacotes pré-definidos que variam apenas no limite de capitais, sem inovação relevante nas coberturas.
Saúde: redes convencionadas semelhantes, serviços digitais comparáveis e preços alinhados, tornando a escolha pouco transparente.
O que se perde com esta tendência?
A essência do seguro sempre foi a personalização da proteção face ao risco individual. A uniformização em excesso elimina esta promessa. O que se perde é a identidade das seguradoras. As ofertas tornam-se indiferenciadas e o cliente deixa de conseguir perceber o valor acrescentado de cada companhia.
Mas há algo que não se perde – e até se torna mais evidente: o papel do mediador profissional.
Se os produtos são semelhantes, é no serviço, no aconselhamento, no acompanhamento de sinistros e na defesa dos interesses do cliente que reside a verdadeira diferença. É aqui que a Grumese prova diariamente o seu valor.
Acreditamos que o setor só tem a ganhar se retomar a diferenciação, e isso deve ser feito em duas frentes:
– Do lado das seguradoras: inovar nas coberturas, flexibilizar contratos, apostar em serviços que ultrapassem a média estatística.
– Do lado da mediação: continuar a afirmar-se como o verdadeiro parceiro do cliente, que não se limita a vender um seguro, mas a interpretar, adaptar, esclarecer e estar presente quando acontece um sinistro.
Porque no meio de produtos cada vez mais iguais, o mediador torna-se o único elo de confiança que garante ao cliente transparência, proximidade e defesa dos seus direitos.
É essa proximidade e capacidade de estar ao lado do cliente que nenhuma estatística nem algoritmo pode substituir.
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Grumese, desde sempre com a sua confiança
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